Minicontos & Gracejos
“O conto ganha por nocaute e o romance ganha por pontos” – frase de Cortázar que, de tão citada, virou lugar-comum. “Sua gênese é a mesma do poema: um repentino estranhamento.” Quase um susto.
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“O conto ganha por nocaute e o romance ganha por pontos” – frase de Cortázar que, de tão citada, virou lugar-comum. “Sua gênese é a mesma do poema: um repentino estranhamento.” Quase um susto.
Mini e microconto são gêneros de um tiro só: é tudo ou nada. E Joca Souza Leão acerta o alvo em cheio. Seus minis e micros nos surpreendem e provocam. Após o “susto”, suas provocações nos deixam no que pensar.
Não há consenso quanto ao limite de palavras ou caracteres para o microconto. “Pílulas ficcionais”, define Italo Moriconi.
Quando Hemingway escreveu sua primeira micro-story (ou flash fiction), o gênero nem nome tinha ainda: “Vendo: sapatinhos de bebê nunca usados.” Seis palavras. Nem tampouco quando o hondurenho Augusto Monterosso publicou seu genial Dinossauro, o clássico dos microcontos: “Quando despertou, o dinossauro ainda estava ali”. Sete palavras.
O conto não resolve problemas; ao contrário, os cria. E esta coletânea de minis e micros é um bom exemplo disso. Diz Joca que começou a escrevê-los outro dia. Não duvidamos. A verdade é que esta série de “livrinhos” não é coisa de contista estreante. E não é mesmo. Joca vem de longe.