AMOR VÁRIO
Quando não há lugar possível para onde ir. Quando nada faz sentido o bastante para dirigir a vida de alguém. Quando flanar pelas ruas parece ser o mais sensato, o destino exato dos passos aleatórios. É aí que começa Amor Vário, de André Resende.
(edit with the Customer Reassurance module)
(edit with the Customer Reassurance module)
(edit with the Customer Reassurance module)
Quando não há lugar possível para onde ir. Quando nada faz sentido o bastante para dirigir a vida de alguém. Quando flanar pelas ruas parece ser o mais sensato, o destino exato dos passos aleatórios. É aí que começa Amor Vário, de André Resende.
Uma cidade que desmorona, uma casa que cai aos pedaços, três pessoas que, sem ser parentes ou amigos ou amantes, se encontram e convivem na inércia do inevitável. Estranhos que partilham o mesmo teto, o mesmo cômodo, o mesmo assombro frente à falta de sentido, de afeto, de futuro, de projetos.
Esbarrando-se nas madrugadas, dividindo uma casa que não se tranca, entre sorrisos, porres, baratas e garrafas de uísque que jamais se esvaziam, procuram traçar na escuridão das contas de luz nunca pagas uma espécie de solidariedade da desolação, uma busca atroz por delicadeza.
É desoladora e lírica esta história, permeada por diálogos aparentemente sem sentido, que ora dão pistas ora despistam o leitor nessa busca de sentido vário. Como tudo na vida